Presidente Dilma Rousseff faz sua defesa no Senado; em seu discurso, ela
admite erros em seu governo, mas diz que sempre defendeu a
Constituição; "Sempre acreditei na democracia e no Estado de direito, e
vi na Constituição de 1988 uma das grandes conquistas do nosso povo",
disse; "Diante das acusações que contra mim são dirigidas, não posso
deixar de sentir novamente o gosto amargo da injustiça e do arbítrio.
Mas como no passado, resisto. Não esperem de mim o obsequioso silêncio
dos covardes"; Dilma chora ao falar da Olimpíada e denuncia “provas
produzidas” e a “frágil retórica jurídica” para tirar do poder um
governo eleito por mais de 54 milhões de brasileiros; ela fala ainda do
apoio escancarado de setores da mídia ao golpe e da chantagem explícita
de Eduardo Cunha.
Em sua defesa no Senado na manhã desta segunda-feira 29, no dia do
julgamento final do processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff
afirma ter sido sempre uma defensora da Constituição
brasileira. "Sempre acreditei na democracia e no Estado de direito, e vi
na Constituição de 1988 uma das grandes conquistas do nosso povo",
disse Dilma.
"Diante das acusações que contra mim são dirigidas, não posso deixar
de sentir novamente o gosto amargo da injustiça e do arbítrio. Mas como
no passado, resisto. Não esperem de mim o obsequioso silêncio dos
covardes", discursou.
A presidente denuncia “provas produzidas”, a “frágil retórica
jurídica” do processo de seu afastamento e os "pretextos" usados para
tirar do poder um governo eleito por mais de 54 milhões de brasileiros.
Ela chora ao falar da Olimpíada e denuncia o que virá "caso prospere o
impeachment sem crime de responsabilidade": o retrocesso e a retirada de
direitos por um governo usurpador.
Ela fala ainda do apoio escancarado de setores da mídia ao golpe e da
chantagem explícita do ex-presidente da Câmara e deputado
afastado Eduardo Cunha, réu no Supremo Tribunal Federal.
Até às 8h30 desta manhã, 47 senadores já estavam inscritos para
questionar Dilma. Cada um terá cinco minutos e Dilma terá tempo livre
para as respostas. Antes de responder, a petista irá dispor de 30
minutos para sua defesa, mas, segundo o presidente da sessão do
julgamento, ministro Ricardo Lewandowski, este tempo poderá ser
prorrogado de acordo com a necessidade da presidente.
Os convidados da presidente afastada são 40: 30 deles estão nas
galerias e 10 - assessores mais próximos - na tribuna de honra - entre
eles, ministros de sua gestão, como Aldo Rebelo (Defesa) e Jaques Wagner
(Casa Civil) e artistas como o cantor Chico Buarque e atriz Letícia
Sabatella. Além deles, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Já entre os convidados da acusação, que são 30, e ocuparam parte das
galerias no plenário, estão representantes de movimentos sociais como o
Vem para Rua e Movimento Brasil Livre (MBL), além de uma filha do
jurista Hélio Bicudo, um dos autores da representação. Bicudo enfrenta
graves problema de saúde.
Com informações da Agência Brasil/Brasil 247
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