segunda-feira, 29 de agosto de 2016

VIOLA-SE A DEMOCRACIA E PUNE-SE UMA INOCENTE!

Presidente Dilma Rousseff faz sua defesa no Senado; em seu discurso, ela admite erros em seu governo, mas diz que sempre defendeu a Constituição; "Sempre acreditei na democracia e no Estado de direito, e vi na Constituição de 1988 uma das grandes conquistas do nosso povo", disse; "Diante das acusações que contra mim são dirigidas, não posso deixar de sentir novamente o gosto amargo da injustiça e do arbítrio. Mas como no passado, resisto. Não esperem de mim o obsequioso silêncio dos covardes"; Dilma chora ao falar da Olimpíada e denuncia “provas produzidas” e a “frágil retórica jurídica” para tirar do poder um governo eleito por mais de 54 milhões de brasileiros; ela fala ainda do apoio escancarado de setores da mídia ao golpe e da chantagem explícita de Eduardo Cunha.

Em sua defesa no Senado na manhã desta segunda-feira 29, no dia do julgamento final do processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff afirma ter sido sempre uma defensora da Constituição brasileira. "Sempre acreditei na democracia e no Estado de direito, e vi na Constituição de 1988 uma das grandes conquistas do nosso povo", disse Dilma.
"Diante das acusações que contra mim são dirigidas, não posso deixar de sentir novamente o gosto amargo da injustiça e do arbítrio. Mas como no passado, resisto. Não esperem de mim o obsequioso silêncio dos covardes", discursou.
A presidente denuncia “provas produzidas”, a “frágil retórica jurídica” do processo de seu afastamento e os "pretextos" usados para tirar do poder um governo eleito por mais de 54 milhões de brasileiros. Ela chora ao falar da Olimpíada e denuncia o que virá "caso prospere o impeachment sem crime de responsabilidade": o retrocesso e a retirada de direitos por um governo usurpador.
Ela fala ainda do apoio escancarado de setores da mídia ao golpe e da chantagem explícita do ex-presidente da Câmara e deputado afastado Eduardo Cunha, réu no Supremo Tribunal Federal.
Até às 8h30 desta manhã, 47 senadores já estavam inscritos para questionar Dilma. Cada um terá cinco minutos e Dilma terá tempo livre para as respostas. Antes de responder, a petista irá dispor de 30 minutos para sua defesa, mas, segundo o presidente da sessão do julgamento, ministro Ricardo Lewandowski, este tempo poderá ser prorrogado de acordo com a necessidade da presidente.
Os convidados da presidente afastada são 40: 30 deles estão nas galerias e 10 - assessores mais próximos - na tribuna de honra - entre eles, ministros de sua gestão, como Aldo Rebelo (Defesa) e Jaques Wagner (Casa Civil) e artistas como o cantor Chico Buarque e atriz Letícia Sabatella. Além deles, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Já entre os convidados da acusação, que são 30, e ocuparam parte das galerias no plenário, estão representantes de movimentos sociais como o Vem para Rua e Movimento Brasil Livre (MBL), além de uma filha do jurista Hélio Bicudo, um dos autores da representação. Bicudo enfrenta graves problema de saúde.
Com informações da Agência Brasil/Brasil 247


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