Análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta permanência de "ritmo acelerado de deterioração" do mercado de trabalho no Brasil, atingindo principalmente o grupo de pessoas acima de 59 anos, jovens e empregados com carteira assinada. Na comparação entre o primeiro trimestre de 2014 e o segundo trimestre deste ano, há aumento generalizado da taxa de desemprego entre regiões e segmentos, nos recortes por sexo, faixa etária, situação familiar e escolaridade.
Em
apenas oito das 27 unidades da federação, a taxa fica abaixo dos 10%.
Na média nacional, está em 11,3%, ante 7,2% no início de 2014.
Com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, a Carta de Conjuntura do Ipea, divulgada hoje (20), mostra ainda queda dos rendimentos quase generalizada. A exceção foi o setor de construção civil, com alta de 2,3% no segundo trimestre, na comparação anual. A retração atinge 5,9% na agricultura, 5,3% na indústria e 3,8% no comércio. Na média, -4,2%. Com isso, a massa salarial entre maio e julho deste ano ficou em R$ 175 bilhões, mesmo nível de três anos atrás.
O grupo de jovens de 14 a 24 anos é o que mostra maior taxa de desemprego (26,73% no segundo trimestre), mas a variação sobe principalmente entre trabalhadores acima de 59 anos: crescimento de 132% desde o quarto trimestre de 2014, de 2,05% para 4,75%.
A faixa de trabalhadores com ensino médio incompleto tem 20,57% de desemprego, ante 12,89% no ensino fundamental completo e 12,82% no médio completo. Cai para 9,74% no grupo de ensino fundamental incompleto e 7,75% entre trabalhadores com ensino superior.
Entre as regiões, a taxa é maior no Nordeste (13,21%). Em seguida, vêm Sudeste (11,70%), Norte (11,23%), Centro-Oeste (9,70%) e Sul (8,04%) – esta teve a maior variação, crescendo 113% desde o final de 2014. Nas unidades da federação, a taxa de desemprego varia de 6,67% (Santa Catarina) a 15,8% (Amapá), ficando em 12,18% no estado de São Paulo.
O Ipea cita ainda informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que se restringe ao setor formal. Apenas de abril a julho, foram fechados 321 mil vagas com carteira assinada. Em 12 meses, até julho, o corte atinge 1,722 milhão de postos de trabalho, sendo 526.617 na indústria de transformação, 453.nos serviços e 405.932 na construção civil.
O mercado formal mostra fraco desempenho tanto nas admissões como nos desligamentos de pessoal. A média mensal de demissões vem caindo: 1,71 milhão em 2014, 1,54 milhão em 2015 e 1,33 milhão neste ano. Mas o volume de contratações cai ainda mais: 1,72 milhão, 1,40 milhão e 1,24 milhão, respectivamente.
O Ipea observa que o avanço da crise, ao agravar a situação do mercado, provocou crescimento da procura de trabalho por conta própria. A participação desse grupo no total de ocupados, pela Pnad Contínua, foi de 23,5% em 2012 para 26% neste ano.
"Devido ao cenário macroeconômico atual, é provável que se observe a manutenção da queda do nível de ocupação, visto que esta tem sido causada principalmente pelo menor número de admissões, e estas ainda não apresentaram sinais de recuperação", diz o Ipea. "Se isso resultará em aceleração da taxa de desemprego, dependerá muito do comportamento da PEA (população economicamente ativa). Se ela voltar a crescer como no primeiro semestre de 2015, o desemprego poderá subir no mesmo ritmo acelerado apresentado neste trimestre."
Com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, a Carta de Conjuntura do Ipea, divulgada hoje (20), mostra ainda queda dos rendimentos quase generalizada. A exceção foi o setor de construção civil, com alta de 2,3% no segundo trimestre, na comparação anual. A retração atinge 5,9% na agricultura, 5,3% na indústria e 3,8% no comércio. Na média, -4,2%. Com isso, a massa salarial entre maio e julho deste ano ficou em R$ 175 bilhões, mesmo nível de três anos atrás.
O grupo de jovens de 14 a 24 anos é o que mostra maior taxa de desemprego (26,73% no segundo trimestre), mas a variação sobe principalmente entre trabalhadores acima de 59 anos: crescimento de 132% desde o quarto trimestre de 2014, de 2,05% para 4,75%.
A faixa de trabalhadores com ensino médio incompleto tem 20,57% de desemprego, ante 12,89% no ensino fundamental completo e 12,82% no médio completo. Cai para 9,74% no grupo de ensino fundamental incompleto e 7,75% entre trabalhadores com ensino superior.
Entre as regiões, a taxa é maior no Nordeste (13,21%). Em seguida, vêm Sudeste (11,70%), Norte (11,23%), Centro-Oeste (9,70%) e Sul (8,04%) – esta teve a maior variação, crescendo 113% desde o final de 2014. Nas unidades da federação, a taxa de desemprego varia de 6,67% (Santa Catarina) a 15,8% (Amapá), ficando em 12,18% no estado de São Paulo.
O Ipea cita ainda informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que se restringe ao setor formal. Apenas de abril a julho, foram fechados 321 mil vagas com carteira assinada. Em 12 meses, até julho, o corte atinge 1,722 milhão de postos de trabalho, sendo 526.617 na indústria de transformação, 453.nos serviços e 405.932 na construção civil.
O mercado formal mostra fraco desempenho tanto nas admissões como nos desligamentos de pessoal. A média mensal de demissões vem caindo: 1,71 milhão em 2014, 1,54 milhão em 2015 e 1,33 milhão neste ano. Mas o volume de contratações cai ainda mais: 1,72 milhão, 1,40 milhão e 1,24 milhão, respectivamente.
O Ipea observa que o avanço da crise, ao agravar a situação do mercado, provocou crescimento da procura de trabalho por conta própria. A participação desse grupo no total de ocupados, pela Pnad Contínua, foi de 23,5% em 2012 para 26% neste ano.
"Devido ao cenário macroeconômico atual, é provável que se observe a manutenção da queda do nível de ocupação, visto que esta tem sido causada principalmente pelo menor número de admissões, e estas ainda não apresentaram sinais de recuperação", diz o Ipea. "Se isso resultará em aceleração da taxa de desemprego, dependerá muito do comportamento da PEA (população economicamente ativa). Se ela voltar a crescer como no primeiro semestre de 2015, o desemprego poderá subir no mesmo ritmo acelerado apresentado neste trimestre."
Fonte: Rede Brasil Atual//vermelho
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