Depois da segunda grande manifestação de rua, realizada na última quinta-feira, dia 27 de junho, desta feita com pauta bem definida - pela redução da tarifa e contra a desigualdade social - a administração municipal, em ação conjunta com as empresas concessionárias de transporte coletivo da cidade, o Ministério Público e o Judiciário local, anunciou, na sexta-feira, dia 28, a redução da tarifa de R$ 2,40 para R$ 2,15.
Uma vitória expressiva da mobilização realizada no município, em cujo nascedouro não contou com a mesma amplitude e intensidade, mas que, nem por isso, deve ser desprezada como ponto de articulação deste movimento no município.
Neste sentido, cabe registrar o papel desempenhado pelo Bloco de Luta pela Redução da Tarifa, que lançou o mote "2,40 é roubo!", com participação de militantes vinculados ao PCB, PSOL e anarquistas.
Se o recuo da Administração Municipal deve ser saudado, também deve se registrar que foi desperdiçada uma oportunidade de se abrir um debate com representantes e lideranças da mobilização, não só pelo necessário reconhecimento da legitimidade do movimento, quanto pela absorção dos ensinamentos que as lutas vem impondo aos governos, em todos os níveis.
Além do mais, causou estranheza que o Legislativo Municipal também não tenha sido chamado.
Tais práticas acabam por reforçar o sentimento exposto nas ruas, de distanciamento dessas instituições dos sentimentos populares transformados em gigantescas caminhadas.
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