segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
No comando do programa deste domingo, dia 02 de fevereiro de 2014, João Auri Garcez e o Dr. Fernando Silva e Silva.
Fernando relatou o Seminário da UABA - União das Associações de Bairro de Alegrete, realizado durante todo o dia de sábado, 01 de fevereiro, no Centro Cultural Adão Ortiz.
Com excelente debate sobre a representatividade política no processo democrático, ao apontar os novos rumos que as lideranças comunitárias buscam, a partir de suas entidades, como alternativa à velha maneira de fazer política.
Tal processo de aprofundamento da democracia dará lugar a um novo tempo de participação e de emancipação política dos povos.
Fernando discorreu sobre este amadurecimento político, ao referir-se aos políticos tradicionais, aqueles cujos mandatos são conquistados com propostas políticas completamente diferentes daquelas defendidas após a eleição, quando deixam de se dirigir e de representar os interesses de quem os elegeu para defender posições e interesses muitas vezes contrários aos defendidos durante a campanha eleitoral.
Para Fernando, este tipo de político está com os dias contados, porque o povo já saiu às ruas e exige uma maneira transparente e coerente de exercer estes mandatos populares, com a participação de todos e a fiscalização dos eleitores.
"O Mandato não é do político, mas sim de quem elegeu o candidato", afirmou.
Outro assunto debatido durante o programa diz respeito aos rolezinhos.
Quem são estes protagonistas e o que querem?
São, principalmente, cidadãos e cidadãs que, também, querem se inserir nos ambientes onde apenas uma parte da população tinha, até agora, direito a desfrutar deste padrão de consumo, muitas vezes derivado para o consumismo. O shopping sempre esteve de portas abertas para a classe “A” brasileira, aquela cujo poder aquisitivo alto pode desfrutar da escada rolante, do ar condicionado e tudo o que estes centros de compra, ícones do sistema capitalista,“permitem”.
Com a ascensão de um maior numero de pessoas a padrões de consumo melhores, graças à elevação do poder aquisitivo, experimentado nos últimos anos, observa-se, nestes setores emergentes, o desejo de usufruir destes espaços, antes considerados privilégios de algumas camadas sociais.
Para os apresentadores do programa, João Auri e Fernando Silva, daí nascem ou florescem muitos conceitos e preconceitos, provocando um acirramento do debate sobre esta mobilização específica organizada por jovens da periferia paulista, os rolezinhos.
E esquentou o programa CENTELHA DO PAMPA, que também debateu os rumos da democracia brasileira a partir destas e de outras mobilizações. A pauta ainda ficou pendente para o domingo que vem. E vem muitos mais pela frente, porque a proposta é levar ao ar temas que abordem a vida, a nossa relação com o mundo e com a sociedade.
Obrigado, em meu nome e em nome do PCdoB Alegrete, pela companhia do amigo Fernando, dos ouvintes e leitores/as, enquanto os/as camaradas que participam comigo deste programa desfrutam do merecido descanso.
Enquanto isso, vamos virando e nos revirando. Porque, como diz a letra da música Todo Cambia, tema do nosso programa:
"Cambia lo superficial/
también cambia lo profundo/
cambia el modo de pensar/
cambia todo neste mundo/
Y así como todo cambia/
que yo cambie no es extraño"
Texto publicado por JOÃO AURI GARCEZ.
domingo, 12 de janeiro de 2014
Vuelvo al Sur
A trilha sonora do nosso Programa, no domingo, 12 de janeiro de 2014. Em versão diferente da executada no programa, mas com Piazzola ao bandoneon e Roberto Goyebeche.
CONVERSA COM PRETA MULAZZANI
Falta de energia
A
visita e a fala da Prefeita em exercício, Preta Mulazzani, neste
domingo, 12 de janeiro, integraram a pauta do programa Centelha do
Pampa, levado ao ar pela Rádio Sentinela FM, sob a responsabilidade
da Comissão Executiva do Partido Comunista do Brasil – PC do B.
Um dos
temas que motivou o convite e que resultou na participação no
programa, diz respeito às constantes quedas de energia (falta de
luz) ocorridas na cidade e interior do município, nos últimos dias,
especialmente, após o temporal verificado na semana passada.
Segundo
a Vice-Prefeita, o Executivo Municipal atua diretamente junto à
Superintendência da Distribuidora de Energia, AES SUL e junto ao
Governo do Estado no sentido de buscar soluções para o problema,
haja a vista as situações criadas que interferem na prestação de
serviços essenciais, tais como o de saúde, ao exemplificar a
situação do Pronto Socorro Municipal, o próprio Hospital de
Caridade, o abastecimento de água, além das atividades comerciais e
do uso doméstico, com danos sobre bens, utensílios e aparelhos
eletro-eletrônicos.
Referiu
que o município ainda não está devidamente preparado para
situações como esta, apesar dos esforços e conquistas em relação
às enchentes, ressalatando que é preciso avançar na organização,
capacitação e conscientização da população em relação às
questões de defesa civil, por exemplo, em ações preventivas ou
reparadoras quando a ocorrência de temporais.
Entre
os exemplos de ações governamentais, no âmbito municipal, que
estão orientadas para evitar a repetição de eventos de risco como
enxurradas, citou o Projeto do Regalado. Disse que este Projeto,
por suas características, impacta em remoção necessária de
famílias, processo que, talvez, segundo afirmou, tenha sido
insuficientemente trabalhado junto a essas pessoas, e, por isto
mesmo, precisa ser intensificado nessa fase de execução.
Casas
populares
Inquirida
sobre a falta de investimentos no setor de energia, responsabilidade
de políticas no âmbito federal, como um dos fatores que explicam as
constantes faltas de luz no município, reconheceu que, a despeito
dos grandes investimentos feitos para preparar o país para a Copa do
Mundo, as diversas conquistas na área de infra-estrutura, de fato,
houve uma redução dos investimentos na área de geração de
energia, nesse último período e, por isto mesmo, se faz necessária
uma pressão regional, a partir dos municípios da Associação dos
Municípios da Fronteira-Oeste, para obter respostas mais
consistentes e efetivas para este problema.
Questionada
sobre críticas em relação ao Projeto Minha Casa, Minha Vida,
especialmente, em relação ao Loteamento Nilo Gonçalves, destacou
que "não houve destelhamento nem rachaduras de paredes",
informando que "a empresa Sotrin dispõe de uma equipe
permanente para acompanhamento de eventuais ocorrências relacionadas
à construção das casas".
O
problema que de fato existe lá, de infra-estrutura, diz respeito ao
asfalto, sobre o qual a Prefeitura cobrará a regularização da
cobertura, feita de modo a não atender aos padrões exigidos e que
já está cedendo em muitos lugares.
Discordou
daquelas opiniões que menozprezam o Projeto Minha Casa, Minha Vida,
por ser um Programa do Governo Federal, e não um projeto local, da
Prefeitura, afirmando, ao contrário, que se trata, sim, de um
projeto nosso, na medida que os recursos públicos são de todos nós.
Ponderou
que, "se estão sendo distribuídos a partir de um programa do
Governo Federal, isto não retira em nada a responsabilidade e a
capapacidade demonstrada pelo Município de habilitar-se para a sua
realização, especialmente, pela amplitude conquistada pelo nosso
projeto, que agora entra em nova fase, com a construção de casas
individuais, nos próprios locais onde as pessoas já residem".
Assim,
estas famílias, nos diferentes bairros de Alegrete, permanecerão em
seus atuais endereços, sendo desnecessário o deslocamento para
locais, muitas vezes, distantes de onde vivem.
Além
do mais, é preciso dizer, que "o Programa Minha Casa, Minha
Vida é resultado da pressão dos movimentos e lutadores sociais,
articulados em torno de organizações comunitárias, junto ao
Conselho Nacional das Cidades, ambiente em que se discute e se
formulam diretrizes para a política de habitação popular", em
processo bastante disputado pelos diferentes atores que nele se fazem
representar.
Trata-se,
portanto, de uma "conquista popular que, cotidianamente, é
reforçada pelas demandas sociais, inclusive, no tocante a aspectos
relacionados à qualidade das habitações, tamanho das moradias,
equipamentos urbanos correlatos, muitas vezes em aberto conflito com
os interesses de setores empresariais ligados à area da construção
civil e que também compõem o Conselho Nacional das Cidades",
afirmou a Prefeita em exercício.
Participação
popular
Após
um breve intervalo, coberto pela trilha sonora proposta pela direção
do Programa Centelha do Pampa, com a bela música e letra Vuelvo
al Sur, interpretada por Astor
Piazzola e Fernando Solanas, a Prefeita reportou-se, diante da
pergunta sobre participação popular, que muitas inicativas foram
tomadas pela administração de que faz parte, desde 2009, quando ela
e o Prefeito Erasmo assumiram o comando do Executivo local.
Destacou
a reformulação e criação de conselhos municipais, a
reestruturação do COMUDE – Conselho Municipal de Desenvolvimento,
a realização de muitas audiências públicas, o debate do
orçamento, embora tenha reconhecido que é necessário avançar
muito mais neste processo, sobretudo em relação ao Orçamento
Público.
Quanto
aos principais projetos da Prefeitura para o ano de 2014, informou: a
pavimentação de ruas, dentro do (TAC) Termo de Ajustamento de
Conduta firmado entre a Prefeitura, Ministério Público e Empresas
de Transporte Coletivo, projeto este que vai, além da pavimentação
asfáltica de linhas de ônibus, incluir obras de acessibilidade,
passeios públicos, entre outras melhorias; a execução do Projeto
Regalado e a conclusão de obras em andamento.
O
Programa Centelha do Pampa, sob a coordenação, neste domingo, de
João Auri Garcez e Gilmar de Lima Martins, agradece a participação
da Vice-Prefeita e a qualificada audiência dos ouvintes.
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